quarta-feira, 21 de setembro de 2011

BIENAL AFRODISÍACA


Na maior cara de pau, mas nem tanto pau assim, peço desculpas por esta postagem atrasada. É eu sei, a Bienal acabou dia onze e hoje já é vinte e um. Mas eu vou colocar a culpa na falta de tempo e isso é verdade, eu quase não tenho.
Por culpa do meu tempo inexistente, apenas pude por a cara por lá no último dia. Gostaria também de ter ido no feriado, mas forças contrárias não me deixaram aparecer por lá no dia sete.
Arrependimento!!!
Sorte minha que ele não mata!Pelo menos até onde eu sei não.
Cara, aquilo foi demais. Para os que amam os livros aquele lugar estava uma perdição para as finanças de qualquer um. Coitadas das contas bancárias. Muitas com certeza foram esvaziadas...hehehe. E dá-lhe cartão de crédito.
De estandes super-iluminados, moderníssimos,coloridos,envidraçados, grandes, imponentes e arrojados, aos mais simples e pequenos, das maiores empresas editoriais ás menores, dos grandes nomes do mercado aos pequenos ainda desconhecidos, estavam todos lá e essa diversidade ajudou a fazer desta bienal mais um super evento literário onde quem saiu ganhando foram os amantes da literatura.
Faltou apenas uma coisa para que o evento fosse decretado como perfeito. Música. Não qualquer música, mas I Put A Spell On You do Creedence Clearwater Revival. Poderiam tê-la tocada em som ambiente o dia inteiro. Com certeza todos na bienal entrariam em transe. Quem ama livros sabe que quando caímos na leitura praticamente viajamos. E com toda aquela tonelada de livros mais o som do Creedence teríamos uma viajem dupla.
E falando de viagem, viajei tanto indo vagarosamente de estande em estande, olhando os mais variados livros que me interessavam que acabei me esquecendo que o Scott Turow estaria no Café Literário as 15h30 e em seguida no estande da Record autografando.
Perdi.
Mas acho que foi por uma boa causa, eu estava viajando em centenas de dezenas de livros e pra mim isso vale alguns sacrifícios.
Estar em um ambiente daquele rodeado por dezenas de milhares de livros trouxe á tona uma vibração que eu nem lembrava mais de sua existência. A sensação de quando ainda era criança e meus pais me levavam á alguma livraria e quando eu chegava lá ficava perdido e abobalhado olhando aquelas prateleiras lotadas de exemplares impressos. E ficava com vontade de ter todos aqueles livros para mim. Foi nostálgico!...Ah, eles me davam livros sim, mas era sempre dois, no máximo três.
Tenho que confessar que estar lá foi maravilhoso. Ver toneladas e mais toneladas de livros, escritores nos estandes conversando com o público, o zunzunzum das pessoas, aquilo nos faz ter vontade de participar de mais eventos como este ,não mais como alguém do público, mas agora como um colaborador, alguém que contribuiu com um trabalho escrito.
Acabei fazendo uma descoberta incrível, que ter ido á bienal aguçou mais ainda a minha vontade de escrever. Se eu já o fazia, agora farei com mais dedicação ainda.
Posso dizer que para mim a bienal teve o efeito de um energético na área da literatura. Algo como um viagra literário.
Ir á bienal me deixou com mais vontade de escrever!!!
Para você amigo leitor que esteve lá e também sentiu a vibração e voltou com essa mesma vontade citada acima, parabéns! Acredito que você também ama o universo literário.
Arregace as mangas [caso esteja vestindo algo de manga comprida] e ponha essa vontade para fora digitando suas idéias. Ah, um lembrete: escreva, mas de maneira coerente. E boa sorte á você!